Desenvolvedores discutem nova plataforma do Cartão Mumbuca

Banco Mumbuca 1

Programadores, desenvolvedores, estudantes e professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) se reuniram no último sábado (06/01) com representantes do Banco Preventório, em Niterói, e o presidente do Instituto Banco Palmas, Joaquim de Melo, para discutir sobre a “Mumbuchacka”, 1ª hacklab (expressão usada para definir um encontro de desenvolvedores em torno de um tema específico) do Banco Mumbuca. A previsão é que a nova tecnologia seja implantada nos programas de transferência de renda pagos com a Moeda Social Mumbuca (Cartão Mumbuca) a partir de fevereiro e a expectativa é que o sistema esteja funcionando em sua totalidade até maio.

O tema principal do encontro foi a criação do MaricaLab, espaço ligado aos bancos comunitários onde os jovens recebem cursos de computação, desenvolvimento software, aplicativo e depois criam empresas, associações ou grupos produtivos a partir das informações que recebem. Trocas de experiências, elaboração de estratégias tecnológicas para melhorar a plataforma e-dinheiro e o Programa Social Bolsa Mumbuca foram outros pontos abordados. Ainda durante o encontro foram levantadas as demandas do Mumbuca Digital e mostrado como o aplicativo vai facilitar a utilização do Cartão Mumbuca nos comércios cadastrados.

O coordenador do Observatório de Políticas Públicas da Secretaria de Economia Solidária, Nathan Costa, participou da mesa com o professor da UFRJ, Fernando Cukierman; o mestrando em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia, também da UFRJ, Luiz Arthur; além da gerente do Banco Mumbuca, Natália Sciammarella; e do presidente do Banco Palmas, Joaquim de Melo.

Para Nathan Costa, a cidade de Maricá é um exemplo para todo país por causa do compromisso com as politicas participativas, comunitárias e horizontais. A moeda social, ainda segundo ele, é um modelo de autogestão, de políticas públicas participativas e o debate é uma prova da importância do tema.

Na reunião também foram apresentadas quatro linhas a serem aprimoradas na próxima reunião que acontece no dia 17 de março. As sugestões são para que a nova plataforma produza relatórios mensais com o ranking do percentual de venda dos comerciantes de cada bairro e assim comparar com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do bairro onde o comércio está localizado. Desta forma, será possível identificar onde estão as regiões carentes da cidade. Outro ponto apresentado pelos participantes diz respeito a entender de que forma a Moeda Social circula na cidade. “Queremos entender se a moeda social faz todo seu ciclo. Se ao realizar a venda o empreendedor também compra com o cartão ou troca pelo Real. É importante para a cidade que o ciclo seja fechado. Que o dinheiro fique na cidade. Desta forma é necessário que o empreendedor também utilize a moeda para fazer suas compras fortalecendo ainda mais a economia local”, ressaltou Joaquim Melo.

Outro ponto apresentado foi a criação do Mapa Digital por bairro desenvolvido através das compras e vendas com a utilização do Cartão Mumbuca. Desta forma, será possível identificar qual o empreendimento é mais necessário naquele bairro, podendo mensurar, assim, a riqueza do bairro. O que existe e o que falta de empreendimento e o fluxo de compra e venda. Outro ponto é o estudo a partir do Portal da Transparência da Prefeitura com todos os custos pagos por mês (alimentação, limpeza e infraestrutura). A empresa de transporte na plataforma e-dinheiro faria um comparativo para ver quanto à cidade iria lucrar tanto no 1% que a plataforma retorna, quanto na própria circulação da moeda na cidade.

Banco Mumbuca 2

Fotos: Jorge André

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