De olho na conta de luz

Deputada Zeidan preside CPI das concessionárias de energia elétrica

Em Maricá, não são poucos os casos em que clientes se sentem lesados pela prestadora de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou dois aumentos nas contas de luz e o consumidor sentiu no bolso o peso desse reajuste. A medida se deu por conta do tempo seco.  A falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas registrados no ano passado contribuíram para a alta nas tarifas em 2019. Sem chuvas, foi preciso acionar mais usinas térmicas (que são mais caras) para garantir o suprimento. Parte dessa conta adicional ficou para ser paga neste ano.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi  instalada para investigar irregularidades na prestação de serviços das concessionárias de energia elétrica Enel e Light, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A presidente da CPI, deputada Zeidan Lula (PT), afirmou que já houve coleta de informações necessárias para iniciar as investigações da Comissão. “Eu sugiro que seja feita logo uma triagem dos piores casos para solução pela Light e Enel, tendo em vista a impossibilidade de individualizar cada consumidor especificamente já que são milhares de casos semelhantes”, anunciou a presidente.

A professora Catarine da Graça viu sua conta aumentar de forma acentuada nos últimos meses.  Ela conta que pagava em média 350 por mês e agora com o novo reajuste, o valor passou para mais de 600 reais. “É um absurdo o que estão fazendo com os contribuintes. Quando a gente pensa que vai ter um desconto, o preço da conta quase que dobra. É preciso que sejam tomadas medidas para acabar com essa roubalheira nas contas de luz”, comentou.

Ainda segundo Zeidan o anúncio sobre o aumento entre 9% e 11% nas contas e o volume de reclamações relatadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foram algumas das razões para a abertura da investigação. Mas a parlamentar lembra também da ilegalidade nas cobranças de conta por estimativa.

“Temos reclamações de todas as regiões, elas [as empresas] trabalham com terceirizadas. Em algumas dessas regiões, a cobrança ainda é por estimativa. Já aprovamos na Alerj uma lei que proíbe a cobrança por estimativa. Como usuários, nos sentimos lesados quando não podemos ter a comprovação do gasto da energia que utilizamos. O usuário tem o seu gasto de luz e, mesmo com relógio, não tem como fazer a leitura, não é capacitado para ter uma leitura correta do uso de energia”, aponta Zeidan.

A designer Carolina Sabá conta que pagava uma média de 250/300 reais, mas em janeiro, a cobrança veio com um valor de 485 reais. “Achamos absurdo, uma vez q nossa média era muito abaixo e nos nem estávamos em casa. Logo após isso chegou uma carta de Termo de Ocorrência e Inspeção (TOI).  Nós pesquisamos, e descobrimos que eles não podem fazer esse tipo de inspeção sem que tenha um responsável presente e nem sem um policial presente. Então eles nos acusaram de fazer ligação a revelia (assim como aconteceu com muitos conhecidos nossos e o próprio Procon nos disse que eles estavam colocando muitos desses TOIs em contas de várias pessoas irregularmente) sendo que eles mesmo “fizeram” essa “inspeção” de forma totalmente errônea”, comentou

Ainda segundo Carolina, logo que chegou a conta, viram que várias pessoas estavam com esse mesmo problema. “Cheguei ao Vereador Cemar, que estava brigando por essa causa e na mesma hora me falou para ir ao PROCON , pois eles estavam com muitos processos assim”, relatou .

Fotos: Divulgação

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