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Maricá realiza 1° seminário do Dia Internacional da Mulher Negra-Latina-Americana e Caribenha

O 1° seminário do Dia Internacional da Mulher Negra-Latina-Americana e Caribenha reuniu cerca de 150 pessoas na tarde desta quinta-feira (25/07), na Lona Cultural Marielle Franco, na Barra de Maricá. Iniciativa da Prefeitura, através da Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e da Mulher, e das coordenadorias de Políticas Públicas para Mulheres, e de Políticas Públicas para Igualdade Racial, o evento teve como objetivo fortalecer a luta por direitos, além de dar visibilidade a temas relacionados ao pertencimento e ao orgulho da cultura negra, tendo como foco a mulher.

Recheado de palestras, mesas de debates e apresentações culturais de grupos do movimento negro como o “Puro Dendê” de Niterói e o “RUASIA” de Maricá, o seminário contou também com um musical de alunos do projeto “Cultura de Direitos”.

“Estamos aqui para clamar por justiça social e precisamos dar visibilidade às nossas pautas. Muitos nos questionam por que existe o dia da consciência negra, por que celebrar o dia da mulher negra, mas eles mesmos não fazem a reflexão de que se nós tivéssemos de fato visibilidade, representatividade e nossas demandas fossem verdadeiramente atendidas, talvez não precisássemos de um dia de reivindicações só nosso”, explicou Valéria Neves, Coordenadora Estadual de Mulheres, do Movimento Negro Unificado, do Rio de Janeiro.

“Esses espaços são fundamentais para uma oxigenação e principalmente para levar informação a população, sejam elas pessoas negras ou não”, destacou Yeza Aguiar, presidente da União Maricaense dos Estudantes (UMES) e uma das palestrantes do seminário.

“Nós mulheres precisamos aprender a respeitar a história umas das outras. Precisamos nos unir para construir uma sociedade, da qual, as mulheres possam ser o que elas quiserem ser”, pediu a ativista cultural do Grupo Puro Dendê, Priscila de Oliveira.

“Seminários como esse servem para mostrar a nossa população onde estão os erros e os acertos para que todos possam pensar melhorias para o povo preto. Precisamos mudar isso através de conversas, discussão e políticas públicas”, avaliou Larissa da Silva Perciliano, diretora da União de Negros pela Igualdade de Maricá (Unegro).

Segundo Luciana Pireda, coordenadora de Políticas para as Mulheres, muitos serão os desdobramentos após o seminário. “Nós aqui estamos construindo uma série de ações para fazer de Maricá uma cidade mais justa, mais solidária e mais democrática. Considero que estamos à frente em muitas questões e o dia 25 de julho para nós significa mostrar para o nosso município a importância desse dia e fazer com que esse evento permaneça em nosso calendário, afinal esse seminário foi pensado para garantir um lugar de voz para as mulheres negras e reverenciar a trajetória de luta dessas mulheres, além de denunciar as violências que elas sofrem todos os dia”, concluiu Luciana Pireda.

Foto: Paulo Torres e Katito Carvalho

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