Roda de conversa discute problemas e orienta mulheres vítimas de violência

A sede da Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher recebeu nesta quinta-feira (05/12) a penúltima roda de conversa com o tema “construindo a igualdade de gênero” do ano. A proposta dos encontros, de acordo as organizadoras, é marcar a campanha internacional “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, expondo os problemas das vítimas de violência.

“As mulheres que sofrem violência muitas vezes ficam desassistidas. É preciso fortalecer essa rede de proteção, para que as companheiras não se sintam sozinhas nessas situações, e fiquem livres da violência física, psíquica e todas as outras. É por isso que o encontro se torna importante para a gente”, comentou Ana Leite, psicóloga e participante da roda de conversa.

A coordenadora de políticas públicas para as mulheres da Secretaria de Direitos Humanos, Luciana Piredda, contou que a principal importância do evento é mostrar às mulheres como identificar todas as formas de violência, e passar para elas que não estão sozinhas.

“A importância que nós consideramos é justamente apresentar para essas mulheres, adolescentes e jovens, o que é essa violência e como ela se produz. Muitas das vezes essas mulheres não se dão conta de que estão sofrendo uma situação de violência, mas elas têm de saber. Além disso, nós também explicamos sobre a Casa da Mulher, onde oferecemos atendimento especializado para as companheiras”, explicou Luciana.

“Essa reunião é importante para despertar nas mulheres, crianças, adolescentes e adultas o que é essa violência, qual é a origem dela, como isso pode ser evitado. Nas outras reuniões algumas adolescentes começaram a dizer sobre o que já haviam passado e nós damos orientação de atendimento”, disse Sely da Silva, Assistente Social da Secretaria de Direitos Humanos.

Para a instrutora educacional Carmen Lopes, a reunião tem a sua relevância porque tenta garantir o espaço da mulher na atual sociedade. “É um tema muito relevante, a gente vive em um país violento. Somos o quinto que mais mata mulheres no mundo. É importante para a gente identificar e se defender antes de alguma coisa acontecer”, analisou.

“Comigo já aconteceu de sofrer agressão, principalmente psicológica, e não fui denunciar o meu companheiro na época. E depois continuei tendo problemas com ele. Falo sempre para as minhas amigas, quando passam por um problema desses, denunciarem na hora”, comentou.

As rodas de conversas foram iniciadas no último dia 27/11, no Bambuí. Posteriormente a roda foi realizada em Inoã, dia 04/12. O próximo local de reunião será em Itaipuaçu, no dia 9/12.  A Casa da Mulher fica na Rua Uirapurus, 50, no bairro Flamengo.

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